Joaquim José Maria de Sousa Tavares nasce em 1777 e morre 30 de Abril de 1837, por volta dos 60 anos de idade.
Enquanto comandante da Guarda Real da Polícia de Lisboa (função que exerce de 23 de Dezembro de 1826 a Agosto de 1833), é um dos mais referenciados oficiais-generais do tempo de Dom Miguel.
É promovido a brigadeiro a 28 de Dezembro de 1826, antes de perfazer 50 anos.
Marechal-de-campo graduado em 22 de Dezembro de 1832.
Por ter sido um dos primeiros oficiais-generais ao serviço da causa miguelista a a retirar de Lisboa aquando da aproximação das tropas de Terceira, a 23 de Julho de 1833, é mandado afastar da corte no mês seguinte por Dom Miguel, em Coimbra. É substituído pelo brigadeiro conde de Luís de Bourmont, sobrinho do marechal-general Bourmont (COSTA 1982: 69-70).
Em consequência, é excluído das escalas militares a 21 de Dezembro de 1833 e 23 de Março de 1834 (Carrilho 2006: 53).
João Palma-Ferreira, enquanto editor das Memórias de um miguelista, afirma que, durante os quase sete anos à frente da Guarda Real de Polícia de Lisboa, Sousa Tavares se “salientou através de grandes repressões” (COSTA 1982: 33, n. 15). Por seu lado, o historiador brasileiro Manuel de Oliveira Lima designa-o enquanto “profissional inepto” (LIMA 1933: 239-240).
FONTES
– CARRILHO, Luiz Pereira, Os oficiais d’El-Rei Dom Miguel (Introdução e índices Nuno Borrego e António de Mattos e Silva, Lisboa: Edições Guarda-Mor, 2006, pp. 6 e 53.
– COSTA, Coronel António José Pereira da, Os Generais do Exército Português, II volume, I tomo, Lisboa, Biblioteca do Exército, 2005, n.º 19-0319, p. 509.
– COSTA, Francisco de Paula Ferreira da, Memórias de um miguelista 1833-1834 (prefácio, transcrição, actualização ortográfica e notas de João-Palma Ferreira), Lisboa, Editorial Presença, 1982, pp. 79 e 80.
– LIMA, Manuel de Oliveira, D. Miguel no Trono (1828-1833). Obra póstuma prefaciada por Fidelino de Figueiredo, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1933, pp. 239-240.