Daniel Estudante Protásio (Centro de História da Universidade)
D. José de Castelo Branco Correia da Cunha de Vasconcelos e Sousa nasce a 25 de Julho de 1807 e morre a 17 de Outubro de 1869 (aos 62 anos), filho primogénito dos segundo marqueses de Belas e sétimos condes de Pombeiro. É um dos herdeiros de grandes casas senhoriais que, sendo miguelista, não se encarta no título nobiliárquico de seus maiores, por incompatibilidade com os princípios da monarquia liberal.
20.º senhor de Pombeiro, 14.º de Belas, 16.º do morgado de Castelo Branco, 14.º alcaide-mor de Vila Franca de Xira (Zúquete III 154).
Oficial-mor da Casa Real (dignidade honorífica de considerável prestígio).
Terá sido adido à legação de Portugal em Londres a partir de 1828.
Representado no braço da nobreza nas cortes tradicionais de Lisboa pelo marquês de Viana (Corresp. V 525)
Casa, a 26 de Agosto de 1835, com D. Maria Francisca Luísa de Sousa (1815-1896), filha dos segundos marqueses de Borba, “cantora de excepcional merecimento” (Zúquete III 154), conforme era apanágio e hábito da Casa Senhorial de Borba.
Preso em 1837 por supostamente ter participado na revolta das Marnotas, é influente miguelista, em Lisboa, na década de 1840, exercendo, em 1856, as funções de presidente da comissão central eleitoral do partido legitimista (MÓNICA 1997: 199 e n., 434 e 437 n.)
FONTES
– MÓNICA, Maria Teresa, Errâncias Miguelistas (1834-43), Lisboa, Edições Cosmos, 1997, pp. 199 e n., 434 e 437 n.
– ZÚQUETE, Afonso Eduardo Martins (Dir., Coord. e Compil.), Nobreza de Portugal e do Brasil, Lisboa, vol. III, 1984 (2.ª ed.; 1.ª ed. 1960), pp. 153 e 154.